sábado, 25 de abril de 2009

Ainda na série projetos que deram muito certo

Tema: Música

Título: Musicalização nas séries iniciais

Apresentação do projeto:

O projeto de musicalização está relacionado a uma motivação diferente do ensinar, em que é possível favorecer a auto-estima, a socialização e o desenvolvimento do gosto e do senso musical das crianças . Com base nessa afirmação creio que a melhor forma de ensinar com música é trabalhando detalhadamente a letra, a melodia e o seu grau de ludicidade. Para a transmissão desse tipo de conhecimento é necessário utilizar uma metodologia adequada, dividindo a música em partes, repetindo cada parte aprendida várias vezes, isoladamente e em seguida junto com as demais.

Objetivos:
· fortalecer a auto- estima, a socialização , o desenvolvimento do gosto e do senso musical e a formação da cultura no ser humano.

· as crianças expostas a um ambiente auditivo e musicalmente rico desenvolvem-se mais rapidamente do que aquelas que não têm um ambiente favorável nesse particular.

Público alvo: alunos do ensino fundamental – 3º,4º e 5º ano;
Responsável: professora Elisangela
Duração: 1 mês

Metodologia:

A letra - Deve estar de acordo com a realidade da criança, com a sua faixa etária, com seus interesses e deve, principalmente, ser de fácil entendimento.
A melodia - O que acontece na maioria das canções, melodias, músicas infantis é que cada um canta “o que quer” ou “como entendeu que é certo”. Para que não exista uma diferença tão grande faz-se necessário conhecer a melodia correta, com seus tons altos, baixos, graves, agudos e, ao cantar, devemos entrar no tom da criança, que nem sempre é compatível com o nosso. Mas não podemos “sacrificar” nossos alunos com melodias extensas e com grande variação de tons.

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Grau de ludicidade - Esse item pode ser subdividido em vários outros, pois acaba envolvendo-se diretamente com os outros citados anteriormente. Por exemplo: com uma letra e uma melodia interessantes para a criança, pode –se atingir certo grau de interesse, participação e entendimento. Mas, com um pouco de criatividade, tudo pode tornar-se mais fácil e divertido.

Estratégias:

Ilustrações feitas pelos próprios alunos, registradas em um “manual de canções da turma.
Despertar o interesse da criança é o movimento associado à canção. Imitando animais ou mesmo tentando interpretar uma situação, utilizando gestos e movimentos corporais, trabalhar novas capacidades das crianças, além do interesse musical.
Em outras canções, podemos solicitar a memória e o raciocínio rápido, onde a seqüência de movimentos cobrados aumenta gradativamente, sendo necessária uma lembrança imediata.
É necessário dividir a música em partes, repetindo cada parte aprendida várias vezes, isoladamente e, em seguida, junto com as demais aprendidas.

Avaliação: Ao final de cada atividade


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Tema: Cor, raça e etnia

Disciplinas trabalhadas: História e Língua Portuguesa

Apresentação do projeto:

A cultura negra é uma cultura inter-racial formada pela contribuição de inúmeros grupos ditos negros, brancos, mestiços e os índios.
Manter vivas essas manifestações culturais negras é uma necessidade fundamental de fortalecimento de sua identidade étnica como elemento de resistência ao domínio branco.
Outro exemplo, são as pinturas e esculturas, que cumprem fielmente o objetivo mais amplo da arte: comunicar conceitos e símbolos e, a música, que deu origem ao samba, pagode, além de estar presente em diversos ritmos da música popular brasileira. Não esquecendo da parte literária.


Objetivos:
· Inserção e produção conhecimentos, bem como atitudes, posturas e valores que eduquem cidadãos quanto à pluralidade étnico-racial, tornando-os capazes de interagir objetivos comuns que garantam respeito aos direitos legais e valorização de identidade cultural brasileira e africana, como outras que direta ou indiretamente contribuíram para a formação da identidade cultural brasileira.

Público alvo: alunos do ensino fundamental – 3º,4º e 5º ano;
Responsável: professora Elisangela
Duração: 1 mês

Metodologia:
Poesias africanas na poesia afro-brasileira

•Hoje em dia, não é mais possível ignorar a existência da poesia negra, da prosa negra e do teatro negro brasileiros;
•Essas manifestações estéticas, comumente, têm como leitmotiv a questão ontológica do ser e do estar-no-mundo como negro;
•É a partir da década de setenta que os escritores negros brasileiros passaram a publicar com regularidade e crescente freqüência.
Temas abordados nas obras dos autores afro-descendentes assemelham-se com os temas das obras africanas nos seguintes aspectos:

–recuperação da memória coletiva;

–revisão do passado colonial;

–crítica à interpretação hegemônica da história;

–retratação do papel do negro na sociedade pós-colonial.




Estratégias:

Passar poesias e explicar cada uma dentro do tema, pedir pesquisa sobre os autores, explorar vocabulário significado , a herança deixada nas palavras e ao final montar um painel de poesias algumas de autores africanos , brasileiro e dos próprios alunos. No painel colocar reprodução de uma obra de Portinari que retrata fielmente os afrodescendentes.


Poema de Adão Ventura

Identidade


Sebastiana Ventura de Souza
Sebastiana de Minas Gerais
Sebastiana de Minas
Sebastiana de Tal

vem limpar o chão
vem lavar a roupa
vem enxugar a louça

Vem cantar cantiga
de ninar
para mim.

Biografia:
ADÃO VENTURA Ferreira Reis nasceu em Santo Antonio do Itambé, MG, em 1946. Formou-se em direito pela UFMG e em 1973 a convite da University of New Mexico, foi para os Estados Unidos onde lecionou literatura contemporânea. Publicou diversos livros, dentre eles A cor da Pele, Texturafro e As musculaturas do Arco do Triunfo, já participou de várias antologias e seus poemas foram traduzidos para o inglês e o alemão. Teve um de seus poemas incluído na antologia Os Cem Melhores Poemas Brasileros do Século, organizada por Italo Moriconi ( Editora Objetiva - SP). Sua poesia mostra-se impregnada pelas questões da negritude e, simultaneamente, por uma simplicidade que a faz legítima, e fluida, ou como escreveu Manoel Lobato.Em 2002 publicou Litanias de Cão.Faleceu em junho de 2004.


Grito Negro
José Craveirinha (Moçambique)


Eu sou carvão!
E tu arrancas-me brutalmente do chão
e fazes-me tua mina, patrão.
Eu sou carvão!
E tu acendes-me, patrão,
para te servir eternamente como força motriz
mas eternamente não, patrão.
Eu sou carvão
e tenho que arder sim;
queimar tudo com a força da minha combustão.
Eu sou carvão;
tenho que arder na exploração
arder até às cinzas da maldição
arder vivo como alcatrão, meu irmão,
até não ser mais a tua mina, patrão.
Eu sou carvão.
Tenho que arder
Queimar tudo com o fogo da minha combustão.
Sim!
Eu sou o teu carvão, patrão.

Ainda
Adão Ventura


Numa senzala
fa
vela
acesa
-marca de ferro
& fogo
chicote de polícia
-lanhos
nos ombros
-garrote em corte
de morte alheia

Noite
Agostinho Neto (Angola)


Eu vivo
nos bairros escuros do mundo
sem luz nem vida.

Vou pelas ruas
às apalpadelas
encostado aos meus informes sonhos
tropeçando na escravidão
ao meu desejo de ser.
São bairros de escravos
mundos de miséria
bairros escuros.

Onde as vontades se diluíram
e os homens se confundiram
com as coisas.

Ando aos trambolhões
pelas ruas sem luz
desconhecidas
pejadas de mística e terror
de braço dado com fantasmas.

Também a noite é escura.








Menino de rua
Adão Ventura

Ou
o talvez Zumbi
-menino-tralha
-o palmo-a-palmo
e a disputa de um roto sol
de marquise.

Ou
o talvez Zumbi
- elo e novela
de um discurso murcho,
envernizado de palavras ocas.
e seu quilombo

Ou
o talvez Zumbi
e seu quilombo urbano
- O pega da polícia
no foge/rock
das esquinas.



Avaliação: Exposição do Mural, com poesias e desenhos
Consciência negra

Há mais de 300 anos depois, as comunidades negras e quilombos são exemplos de resistência cultural e social do povo negro em meio ao conjunto da sociedade brasileira ainda injusta e discriminadora.
Percebe-se que a intervenção de pensadores negros tem conseguido ampliar o nível de consciência negra. Isso se deve, principalmente, ao fato de que as pessoas estão começando a se aceitar e à sua própria identidade.
LEI 9.394/96 E A OBRIGATORIEDADE NO ENSINO DA HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA
Mestiço 1934, óleo sobre tela Candido Portinari

Negros da história mundial

A lista foi feita pelo jornal britânico New Nation. Pelé, Nelson Mandela, Martin Luther King e Muhammad Ali são outros nomes publicados no jornal destinado aos negros britânicos. A lista de ícones negros foi elaborada por um grupo de jornalistas e personalidades da comunidade negra britânica.
A lista de ícones negros:
1. Zumbi dos Palmares
2. Martin Luther King3. Malcom X4. Nelson Mandela5. Muhammad Ali6. Mary Seacole7. Oprah Winfrey8. Bob Marley9. Marcus Garvey10. Inventores negros Garret Morgan, George Washington Carver e Elijah McCoy11. Pelé
Zumbi dos Palmares
Guerrilheiro negro brasileiro nascido em um dos mocambos do quilombo de Palmares, o líder mais famoso desse famoso quilombo e cuja vida tornou-se envolta em mitos e discussões. Descendente dos guerreiros imbangalas ou jagas, de Angola, compoucos dias de vida foi aprisionado pela expedição de Brás da Rocha Cardoso e dado ao padre Antônio Melo em Porto Calvo (1655). Batizando como Francisco cresceu demonstrando uma inteligência privilegiada, e favorecido pela admiração do padre, aos 10 anos já sabia português e latim e aos 12 era coroinha. Aos 15 anos fugiu da casa do padre para voltar a Palmares, onde adotou o nome de Zumbi e passou a trabalhar na liderança dos quilombeiros. Participou da batalha em que a expedição de Jácome Bezerra foi derrotada (1673). Três anos depois, em um combate contra as tropas de Manuel Lopes Galvão, foi ferido com um tiro na perna (1676). Revoltado com a assinatura de um acordo de paz (1678), rompeu com Ganga-Zumba e foi aclamado Grande Chefe pelos revoltosos que não aceitaram o acordo. Atacado pelas tropas lideradas por Domingos Jorge Velho (1694), foi baleado, mas conseguiu fugir espetacularmente. Um ano depois reapareceu e com cerca de 2000 palmarinos voltou a atacar povoados em Pernambuco, especialmente para conseguir armas e munições. No entanto, em um dos ataques, um de seus grupos foi derrotado, e o seu comandante, Antônio Soares foi preso (1695). Após ser torturado pelo bandeirante e mercenário paulista André Furtado de Mendonça, este lhe ofereceu a liberdade em troca da revelação do esconderijo de Zumbi e, em 20 de novembro daquele ano, Soares levou Mendonça até o esconderijo, na Serra Dois Irmãos. Conta-se que ao ver Soares, o grande chefe dos revoltosos foi abraçá-lo, mas foi recebido com uma punhalada no estômago. Os paulistas atacaram e o rebeldes presentes foram mortos. Seu corpo, perfurado por balas e punhaladas, foi levado a Porto Calvo, onde sua cabeça foi decepada e enviada para Recife, que por ordem do governador foi espetada em um poste para exposição pública até sua total decomposição. O dia 20 de novembro tornou-se o Dia da Consciência Negra.

domingo, 5 de abril de 2009

Trabalhando com fábulas

Olá amigas, está fábula é ótima para ensinar concordância e a organização de idéias. Aproveitem!

FABÚLA: LOUCO VARRIDO

Era meia noite e o sol brilhava entre as estrelas num belo dia feio. Um homem vestido sem roupas, sem as mãos nos bolsos, sentado em pé, em cima de uma pedra de madeira à beira de um oceano seco, lia um livro fechado sob as luzes de um lampião apagado.
Prefiro morrer do que perder a vida.
Nesse momento, um surdo ouvia um mudo, dizendo que um cego viu um aleijado correndo atrás de um carro parado.
Ao longe perto dali um moço careca penteava seus longos cabelos. A noite ele sentiu uma apetitosa falta de apetite, enquanto as pessoas iam depressa andando devagar.
Quando acordei dormindo sonhei que estava acordada e quando acordei vi que estava dormindo. Desci a subida da escada, montei em minhas costas e sai galopando. Cheguei correndo porém andando, deitei meu paletó em cima da mesa e me pendurei no cabide.
Oh! O que vejo?! Os passarinhos pastando e as vacas pulando de galho em galho à procura de seus ninhos, enquanto isso, um sujeito comia apetitosamente um guardanapo e limpava a boca com um suculento bife mal passado.
Assim me despeço contando esta terrível boa fábula.
Moral:” É melhor andar nu que sem roupas.”

1) Leia a narrativa com atenção e reconstrua usando os conectivos e a coerência.
2) E responda o que o autor quis dizer com esta alternância de sentidos?
3) Corrija a paragrafação.

sábado, 4 de abril de 2009

Pequenos projetos que deram certo

Olá hoje estou estreando meu blog de atividades, comecei a ter vontande de criar este blog, quando comecei a visitar blogs relacionados com aeducação onde compartilhei de diversas atividades, que enriqueceram bastante minhas aulas.
Agora chegou minha vez de compartilhar com minhas amigas, um pouquinho do que criei, esprero que visitem e goste dester himilde cantinho!!!! mIl beijinhos a todos que aqui vierem.

Projeto Leitura: “Explorando a linguagem poética na sala de aula”

Justificativa:

O trabalho com a poesia em sala de aula ajuda a construir no educando o ser poético, ampliando assim sua visão de mundo e seu conhecimento lingüístico , não se prendendo apenas na estrutura do texto mas, em todo contexto de idéias que ele apresenta.
A poesia na escola é trabalhada em atividades que desenvolvam a sensibilização, a fantasia, o prazer da leitura, ampliando assim a oralidade e o desenvolvimento lingüístico da criança.
Esse trabalho permite que o educando tenha um contato maior com bons textos e conheça autores antigos e contemporâneos.

“Poeta não somente o que escreve.”

Objetivo:

Ø Aprofundar o conhecimento sobre o ensino da poesia na escola;
Ø Introduzir o educando no mundo fantasioso e emocionante das histórias, dos poemas, das cantigas, dos brinquedos folclóricos ( literatura de cordel, parlendas , adivinhas...) e de músicas acessíveis a sensibilidade infantil;
Ø Que o educando saiba diferenciar o que é poesia, poema e poeta;
Ø Elaborar um mural de poesias e /ou uma coletânea com o trabalhos dos alunos em seu produto final.

Orientação Metodológica:

A análise da linguagem poética começa com o trabalho de diferenciar o poeta, a poesia ,e poema numa linguagem adaptada a todas as séries envolvidas no projeto.
Breve estudo na estrutura dos poemas (verso, estrofe, rima ,...) e nos tipos de poesia ( desenhada, acróstico, quadra, soneto, música...).
Apresentação de textos e autores variados , discutindo o mesmo em sala de aula, realizando um trabalho coletivo, enfatizando a expressão da oralidade.
A escrita será trabalhada através de exercícios de organização das idéias e sentido, leitura compartilhada e reescrita. Já num segundo momento a preocupação é de produzir um texto que será exposto e observado.

Atividades Propostas


Ø Hora da história (oral) e ilustração
Ø Recitando Poesias ( saral)
Ø Bingo dos personagens (nomes e/ou letra inicial / desenho)
Ø Palavra puxa palavra:
Ø Poesia em papel pardo e sulfite como quebra cabeça para o aluno montar.
Ø Cruzadinha e caça palavras com palavras chaves.
Ø Recorte de revistas para formar poesia de diversos tipos.
Ø Texto fatiado no sulfite e normal no papel pardo.
Ø Produção de texto coletivo.
Ø Produção individual.
Ø Ditado pintado

Avaliação:

Será feita de forma gradativa, de acordo com o decorrer das aulas; observando o desenvolvimento da oralidade , da escrita (concordância, ortografia....) e os avanços de acordo com os objetivos propostos.


Bibliografia:

Ø Academia Brasileira de Literatura de Cordel – História de Cordel, 2003.
Ø Letramento e Leitura da Literatura: A construção do ser poético – Eleonora Cretton Abílio.
Ø Poesia Visual : Ana Claudia Gruszynski – PNLD 2002.
Ø Dezenove Poemas Desengonçados: Ricardo Azevedo –Ed. Ática,1999.
Ø Ler e Escrever Um Grande Prazer.