*** Mil e uma ideias ***
quinta-feira, 22 de janeiro de 2015
Dinâmicas para adolescência
A Corrida do Chaveiro
Objetivo dessa dinâmica de integração entre adolescentes e jovens é a atenção; integração e interação.Duração: 10 minutos.
Público alvo: adolescentes.
Material: um chaveiro ou pandeiro (ou qualquer objeto que faça barulho); cadeiras
Estratégia: Forme um círculo bem espaçoso e aberto com as cadeiras, com os
assentos voltados para dentro, com tantas cadeiras quantos forem os
participantes, menos uma. Você deve estar no centro do círculo segurando
o chaveiro.
Você começa a andar
e pega uma pessoa; de mãos dadas, vocês continuam caminhando; a pessoa
que está com você deve pegar uma outra pessoa sentada, e assim por
diante, sempre dando as mãos e caminhando.
Quando quiser, deixe cair o chaveiro e todos devem correr para uma cadeira. Quem ficar de pé recomeça a brincadeira.
Para acrescentar suspense, finja deixar cair ou balance o chaveiro,
fazendo barulho ou caminhe bem longe das cadeiras. Estipule "castigo"
para quem se soltar ou correr antes que o chaveiro realmente caia.
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Sapato apertado
Dinâmica para conversar sobre colocar-se no lugar do/a outro/a
Objetivo: compreender as nossas diferenças; coloca-se no lugar do outro.
- O que nos provocou estranhamento? Por quê?
- O que significou andar com o sapato do outro? Foi fácil/difícil?
- Como podemos relacionar isso com a nossa vida; com a dificuldade de colocar-se no lugar do outro; com nossas exigências e nossos preconceitos?
- Se todos somos diferentes, por que temos tanta dificuldade de conviver com diferenças?
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Formar um círculo; tirar os sapatos; trocar o sapato do pé direito com o colega do lado.
Calçar os sapatos trocados, olhar para os pés calçados, andar pela sala, ocupar todos os espaços da sala andando no ritmo da música (mais lenta, mais rápida, correndo...).
Retomar o lugar inicial, sentar e destrocar os sapatos.
Fazer com o grupo a descrição da dinâmica passo a passo.
Conversar com o grupo sobre os sentimentos provocados, relacionando-os
com o passo a passo da dinâmica (ficar descalço, trocar os sapatos,
calçar o sapato do outro, olhar para os pés, andar e correr com o sapato
do outro...)Calçar os sapatos trocados, olhar para os pés calçados, andar pela sala, ocupar todos os espaços da sala andando no ritmo da música (mais lenta, mais rápida, correndo...).
Retomar o lugar inicial, sentar e destrocar os sapatos.
Fazer com o grupo a descrição da dinâmica passo a passo.
- O que nos provocou estranhamento? Por quê?
- O que significou andar com o sapato do outro? Foi fácil/difícil?
- Como podemos relacionar isso com a nossa vida; com a dificuldade de colocar-se no lugar do outro; com nossas exigências e nossos preconceitos?
- Se todos somos diferentes, por que temos tanta dificuldade de conviver com diferenças?
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A teia da amizade
Dinâmica de apresentação do grupo
Objetivo: favorecer a apresentação dos integrantes de um grupo.
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- Dispor os participantes em círculo. O coordenador toma um novelo
(rolo, bola) de cordão ou lã. Em seguida prende a ponta do mesmo em um
dos dedos de sua mão.
- Pedir para as pessoas prestarem atenção na apresentação que ele fará
de si mesmo. Assim, logo após de se apresentar brevemente, dizendo quem
é, de onde vem, o que faz etc., joga o novelo para uma das pessoas à sua
frente. Esta pessoa apanha o novelo e, após enrolar a linha em um dos
dedos, irá repetir o que lembra sobre a pessoa que terminou de se
apresentar e que lhe atirou o novelo. Depois, essa segunda pessoa irá se
apresentar, dizendo quem é, de onde vem, o que faz.
- Continuar, até que todos do grupo se conheçam. Como cada um atirou o
novelo adiante, no final haverá no interior do círculo uma verdadeira
teia de fios que os une uns aos outros.
- Pedir para as pessoas dizerem o que observaram; o que significa a teia; o que aconteceria se um deles soltasse seu fio.
- Por último, que mensagem tiramos desta teia da amizade?**************************************************************************************
Lista de amigos
Dinâmica sobre amizade
Amizades, sonhos, amores... se desfazem com o tempo, deixando ou não
suas marcas, sua contribuição para o nosso aprendizado de vida.
A música A lista (Osvaldo Montenegro) é um convite a nos olharmos no espelho da vida. Há quem apenas enxerga as perdas na vida e quem se alegra com as mudanças que contribuíram para o seu crescimento.
- Faça uma lista das pessoas que estiveram presentes em sua vida. O que você aprendeu com elas? Se pudesse reencontrá-las, o que gostarias de dizer-lhes?
- Hoje muitas pessoas se conhecem ou se reencontram através das comunidades virtuais e redes sociais da internet. O que você pensa desse novo espaço e modo de se relacionar?
- O que podemos aprender com as formas novas e tradicionais de buscar e fortalecer amizades?
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A música A lista (Osvaldo Montenegro) é um convite a nos olharmos no espelho da vida. Há quem apenas enxerga as perdas na vida e quem se alegra com as mudanças que contribuíram para o seu crescimento.
- Faça uma lista das pessoas que estiveram presentes em sua vida. O que você aprendeu com elas? Se pudesse reencontrá-las, o que gostarias de dizer-lhes?
- Hoje muitas pessoas se conhecem ou se reencontram através das comunidades virtuais e redes sociais da internet. O que você pensa desse novo espaço e modo de se relacionar?
- O que podemos aprender com as formas novas e tradicionais de buscar e fortalecer amizades?
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Procuram-se amigos
Dinâmica sobre amizade
No livro O Pequeno Príncipe, o autor diz: as pessoas
não têm mais tempo. Compram tudo pronto em lojas e como não existe loja
de amigos, já não têm mais amigos.
- Formar grupos pequenos para conversar sobre amizades idealizadas e
amigos reais; sobre como se descobrem e se formam amizades verdadeiras;
sobre o que cada um valoriza na amizade e como contribui para o
relacionamento desejado.
- Concluir com a leitura do poema Amigos e livros. Depois, pedir que cada um expresse em uma palavra ou frase o que ficou dessa troca de ideias.
Poema: Amigos e livros (Ana Amélia Mota)
-
Devemos buscar amigos como buscamos livros.
Acertar na procura.
Não exija que sejam muitos,
Mas que sejam bons.
Não exija que sejam ricos,
Mas que sejam fiéis.
Não exija que tenham boa profissão,
Mas, sim, bom coração.
É triste a pessoa que não pode buscar livros
Por não saber lê-los.
Mas é ainda mais triste aquele(a)
Que não pode buscar amigos
Por não saber conquistá-los.
É triste a estante vazia por falta de livros,
mas é ainda mais triste
O ser humano oprimido por falta de amigos.
Os livros nos tiram da turbulência da alma,
Nos fazem refletir sobre grandes acontecimentos,
mas o amigo converte tormentos e tempestades
Em chuvas de sentimentos.
Não podemos chamar de rica
A pessoa que não tem livros,
Mas podemos afirmar que é mendigo,
Aquele(a) que não tem amigos.
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Ter amigos e ser amigo
Dinâmica sobre amizadeObjetivo: Refletir sobre a amizade verdadeira.
Dispor o grupo em círculo e colocar uma música de fundo, lançando uma bola entre os participantes, que devem passá-la uns para os outros até que a música seja interrompida.Quando parar a música, quem estiver com a bola diz seu nome, quantos amigos tem e o que pensa ser importante numa amizade.Segue a dinâmica por alguns minutos, pedindo que as pessoas prestem atenção às falas dos colegas.Retoma-se com o grupo as idéias, destacando palavras-chaves que surgiram, reforçando o valor da amizade verdadeira em todos os tempos e idades.Também sobre as novas formas de relacionamento, mais virtuais, e neste contexto, como se podem fortalecer as amizades.Pode-se concluir com a música Quase Sem Querer (Legião Urbana) ou outra.
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Sonhar é preciso
Dinâmica de integração do grupo.Para conversar
Em circulo, pedir para que as pessoas se apresentem dizendo seu nome, se sabem quem escolheu esse nome (pai, mãe...) e a história que tem por traz dele.
Somos quem podemos ser
- Em cada nome tem uma história, um sonho, um desejo bom de alguém para conosco. Mas, a gente cresce e começa a ter sonhos próprios.
- De que sonho você se alimenta? É o mesmo sonho de seus pais? Converse sobre isso com o colega do lado.
Sonhos que queremos ter
Dividir o poema Sonho Domado em 5 partes numeradas de 1 a 5. Distribuir para o grupo e formar 5 subgrupos (todos os números 1,2,3,4,5)
- Fazer a leitura coletiva do poema, iniciando pelo grupo 1 e conversar sobre sua mensagem. Depois, falar sobre os sonhos que nos são comuns.
- Retomar com o grupo: para que servem os sonhos e a importância de tê-los, de alimentá-los, de traçar um plano a curto, médio e longo prazo no sentido de como pensamos poder realizá-los.
- Pedir para que cada pessoa do grupo leia sua parte do poema e anote nesta folha uma frase relacionada a algum sonho que traz consigo. Por ex: meu sonho é.............. e para realizá-lo eu penso que seja preciso...........
- Pedir para que cada um guarde sua anotação com carinho, com o compromisso de fortalecer seu sonho e não deixá-lo definhar.
Finalizar com todos em pé, de mãos dadas e num grande abraço, simbolizando o quanto precisamos uns dos outros para concretizar nossos sonhos e ser feliz.
Sonho Domado ( Thiago de Mello)
-
Sei que é preciso sonhar.
Campo sem orvalho, seca
A frente de quem não sonha.
Quem não sonha o azul do vôo
perde seu poder de pássaro.
A realidade da relva
cresce em sonho no sereno
para não ser relva apenas,
mas a relva que se sonha.
Não vinga o sonho da folha
se não crescer incrustado
no sonho que se fez árvore.
Sonhar, mas sem deixar nunca
que o sol do sonho se arraste
pelas campinas do vento.
É sonhar, mas cavalgando
o sonho e inventando o chão
para o sonho florescer.
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-
Sei que é preciso sonhar.
terça-feira, 11 de março de 2014
Paisagem Sonora
O que o aluno poderá aprender com esta aula
- Formular critérios e parâmetros do que possa ser música.
- Compreender o conceito de som, silêncio e ruído - paisagem sonora.
- Criar situações de paisagem sonora.
Duração das atividades
Duas aulas de 50 minutos (1h40min)
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno
- Conhecimento musical não formal.
- Noções sobre os ‘gostos’ musicais dos alunos e o que consideram música ou não.
Estratégias e recursos da aula
Esta série de aulas é destinada a discutir por meio de experiências práticas a serem desenvolvidas em sala de aula, os conceitos de música identificados nos sensos comuns cotidianos. Sugerimos para aprofundamento da noção de 'sensos comuns' a leitura do artigo do professor Luís Carlos Lopes (vide link 1 em Recursos Complementares).
Ao mapear ‘preconceitos’ sonoros, buscamos transpor a visão de música limitada à noção de ‘gosto estético’ para uma perspectiva crítica do fenômeno sonoro, que é anterior às categorizações e aos gêneros musicais historicamente estabelecidos. É essencial que antes da aula o professor possa aprofundar a reflexão sobre os seus próprios conceitos do que considera música ou não. Neste processo pessoal recomendamos experimentar outros olhares sobre padrões históricos e de sensos comuns para absorver e compreender também as manifestações musicais difundidas nas mais diversas mídias presentes no cotidiano de seus alunos.
Como base teórica de apoio, sugerimos a leitura do texto do livro “O ouvido pensante” de R.Murray Schafer (vide link 2 em Recursos Complementares), especialmente as páginas 25 a 36 e 119 a 124. Este material constitui uma rica fonte de insights para desdobramentos posteriores em sala de aula.
Atividade 1
Proponha aos alunos o seguinte desafio: “o silêncio não existe, tente encontrá-lo”. Escreva a frase no quadro. É possível que os alunos estranhem a afirmativa ou questionem de imediato. Peça que mostrem onde está o silêncio, que discutam como se obtém o silêncio e que proponham maneiras de fazer isso. O silêncio é uma coisa? É um lugar? Tem forma? Após levantar estas instigações e experimentar algumas sugestões dos alunos, realize o exercício de ‘caça-silêncio’, a seguir:
a) Peça aos alunos que evitem produzir qualquer tipo de som e proponha a eles que simplesmente percebam tudo que puderem ouvir durante 1 ou 2 minutos.
b) Esgotado o tempo, cada aluno deve anotar em uma folha de papel os sons ouvidos.
c) Liste no quadro os sons relatados pelos alunos. Podem-se propor outras ‘rodadas’ do exercício buscando eliminar o máximo de sons internos da sala, ou seja, sons que possam ser controlados pelo grupo. Por exemplo, se ouvem o ventilador, o que acontece se desligarmos? E se fecharmos a porta? Desligarmos o ar condicionado? Pararmos de bater os pés? Respirarmos suavemente? Ao interromper algum som na sala, podem-se ouvir novos sons antes imperceptíveis no ambiente externo? Repita a experiência. Os sons ouvidos são música? Discuta relacionando com os conceitos de organização de sons e intencionalidade musical levantados na aula anterior. Exiba o vídeo da peça 4’33” do compositor John Cage.
A partitura de 4'33" contém três movimentos. Após a entrada no palco e os aplausos, o músico deve colocar-se em posição de execução e permanecer assim durante toda a duração da obra (quatro minutos e trinta e três segundos). Nesta peça o executante senta-se diante do piano e toca notas 'silenciosas'. O objetivo é problematizar a noção de música, a expectativa do som do instrumento que abre o canal tradicional da audição para ouvir os sons do mundo. Discuta com o grupo. Isso é música? Qual foi a intenção do compositor?
Abaixo sugerimos 3 versões da mesma peça:
d) Para exemplificar o conceito de ruído, proponha agora que os alunos interfiram com seus próprios sons na paisagem sonora ouvida. Por exemplo, peça que todos falem ao mesmo tempo e pergunte se conseguem compreender o significado do que dizem. Pergunte quantos sons suaves e naturais deixamos de ouvir no momento em que ouvimos sons fortes e tecnológicos. Proponha uma reflexão sobre o momento da aula sugerindo que os alunos interrompam com sons toda vez que o professor falar. Pergunte a eles o que acontece. A comunicação fica prejudicada? Interessa a noção de ruído como algo que atrapalha a intenção sonora de um determinado momento. Se um aluno arrasta as cadeiras enquanto alguém fala é um ruído? O som da cadeira arrastada é necessariamente ruído ou pode ser musical? Proponha à turma que levante e arraste suas cadeiras propositalmente. Isto tem algo de musical? Experimente com seus alunos outras formas de organizar os sons das cadeiras.
Dicas:
1. Este exercício pode ganhar novas etapas a partir da criação livre do professor com a sua turma de acordo com seu ambiente específico.
2. Percebe-se que mesmo que interrompamos todos os sons possíveis dentro da sala, o universo sonoro exterior não pode ser controlado. Os sons listados representam o 'silêncio' daquele lugar. Se estivéssemos em um outro local, ouviríamos o mesmo 'silêncio'? Cada local tem sua “paisagem sonora” (para aprofundamento no conceito de paisagem sonora, veja o link “O ouvido pensante” em Recursos Complementares). O silêncio é possível? Volte a afirmação inicial: "o silêncio não existe".
Curiosidade:
José Miguel Wisnik em seu livro "O som e o sentido" (vide link 3 em Recursos Complementares) relata uma experiência realizada por John Cage: "(..) há sempre som dentro do silêncio: mesmo quando não ouvimos os barulhos do mundo, fechados numa cabine à prova de som, ouvimos o barulhismo do nosso próprio corpo produtor/receptor de ruídos (refiro-me à experiência de John Cage, que se tornou a seu modo um marco na música contemporânea, e que diz que, isolados experimentalmente de todo ruído externo, escutamos no mínimo o som grave da nossa pulsação sanguínea e o agudo do nosso sistema nervoso)." (Wisnik, 2007, p.18 e 19).
Atividade 2
a) Proponha que a turma se divida em grupos de cerca de 4 alunos. Os grupos podem ter mais integrantes se achar adequado. Sorteie uma situação de paisagem sonora proposta. Ex: praia, shopping, estádio de futebol, aeroporto, trânsito, feira livre etc. Acrescente outras ideias possíveis a partir da sua realidade.
b) Dê tempo para que os grupos elaborem a paisagem sonora com quaisquer objetos que tenham disponíveis, voz e/ou sons corporais.
Atividade 3
a) Apresentação das paisagens sonoras.
b) Escolha um ‘regente’ para dirigir as diversas paisagens sonoras intencionalmente. O aluno poderá controlar os momentos em que cada grupo de paisagem sonora é ativado apontando com as mãos. Propomos o seguinte código:
- mão aberta – execução dos sons
- mão fechada – interrupção dos sons
- mãos ao alto – os sons são executados em volume alto
- mãos abaixo – os sons são executados em volume baixo
- movimentos rápidos com as mãos – andamento rápido
- movimentos lentos – andamento lento
Obs.: A complexidade desta ‘regência’ pode variar de acordo com o grau de familiaridade que os alunos já apresentem em relação a estes parâmetros do som (duração, intensidade).
Dicas:
1. Escolha diferentes regentes para a mesma paisagem sonora, estimulando-os a criarem diferentes intenções musicais para a mesma paisagem sonora.
2. Como variante, proponha a sobreposição de paisagens sonoras, contanto que se estabeleça uma proposta intencional de organização do material sonoro.
Ao final, avalie junto com a turma os trabalhos apresentados.
Recursos Complementares
Link 1 - Artigo: A espiral da opinião comum: a televisão aberta do Brasil, argumentos e culturas - Luís Carlos Lopes
Link 2 - O ouvido pensante - R.Murray Schafer
Link 3 - O som e o sentido - José Miguel Wisnik
Avaliação
Ao final da atividade os alunos devem ser capazes de flexibilizar seu conceito de música. Avalie:
1. Como foi a participação dos alunos na aula? Envolveram-se com as propostas? Contribuíram para o enriquecimento das atividades?
2. Apreenderam na prática os conceitos abordados: som, silêncio, ruído e paisagem sonora? Peça que expliquem uns aos outros como se agora eles fossem os ‘professores’.
3. As composições de paisagem sonora eram coerentes com a proposta? Organizaram os sons com intencionalidade?
4. Os alunos conseguiram discutir em conjunto a composição e tomar decisões em grupo?
5. Ensaiaram e apresentaram com desenvoltura as composições?
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CONTEÚDO: Paisagem sonora
TEMPO ESTIMADO: Cada aula no noturno tem 35min, precisaremos de no mínimo quatro aulas.
RECURSOS:
Instrumentos musicais, garrafas pets, latinhas de refrigerante, lápis, borracha, folha de papel, CD, DVD,data show, vídeos slides, câmera fotográfica, impressora, computador, e pen drive.
COMPETÊNCIAS:
O trabalho com a Música deve se organizar de forma a que os alunos desenvolvam as seguintes capacidades:
- Ouvir, perceber e discriminar eventos sonoros diversos, fontes sonoras e produções musicais;
- Brincar com a música, imitar, inventar e reproduzir canções musicais.
HABILIDADES:
O fazer musical:
- Exploração, expressão e produção do silêncio e de sons com a voz, o entorno e materiais sonoros diversos.
- Interpretação de música e canções diversas.
- Participação em brincadeiras, jogos cantados e rítmicos.
DESENVOLVIMENTO:
O conceito de “Paisagem sonora” tornou-se conhecido para os educadores em música a partir do trabalho produzido pelo professor canadense Murray Schaffer. Em seus estudos, ele trabalha com a percepção de sons de diversos ambientes e utiliza estratégias para sensibilizar o ouvido de seus alunos, como fazer um passeio por um bosque de olhos vendados.
Para que os alunos sejam estimulados a perceber e identificar sons nos diversos ambientes em que vivem e de entender melhor o conceito de paisagem sonora, a primeira atividade proposta é um passeio pela escola. Nesse passeio, eles registram em gravadores os sons do pátio, da diretoria, da rua, da sala de aula, da cantina, da aula de Educação Física, do recreio, da sala dos professores, da entrada, da saída, enfim, os sons que compõem a paisagem sonora da escola.
De volta à classe, todos ouvem as fitas, tentando descobrir a localização de cada som e suas principais características - se são altos ou baixos (volume), graves ou agudos, longos ou curtos (duração). Para ampliar o foco da discussão, pode-se conversar com os alunos e pedir-lhes que descubram outras paisagens sonoras diferentes da escola: a rua em diferentes horários, a academia, a casa, o shopping, um ginásio de esportes, a igreja, algum ambiente comercial, etc.
Na aula seguinte, o professor propõe uma nova audição do material recolhido para reorganizá-lo, estimulando os alunos a perceberem pelos sons os locais de onde foram gravados. Depois, pode-se construir um roteiro como se fosse um percurso pela escola e produzir com o grupo uma nova gravação, seguindo o roteiro. Essa gravação deve corresponder a um passeio sonoro pela escola.
Esse trabalho pode ser realizado em grupos, com cada um cuidando de uma parte do passeio.
Para finalizar a atividade, toda a classe ouve o “Passeio sonoro pela escola”, avalia os sons que descobriram nesse percurso e como esse trabalho interferiu na percepção de outros sons fora da escola.
Para finalizar a atividade, toda a classe ouve o “Passeio sonoro pela escola”, avalia os sons que descobriram nesse percurso e como esse trabalho interferiu na percepção de outros sons fora da escola.
segunda-feira, 10 de março de 2014
Como formar um grêmio estudantil?
Para formar o Grêmio são necessários 5 grandes passos, todos muito importantes. Veja com atenção cada um dos passos.
1º PASSO: O grupo interessado em formar o grêmio comunica a direção escolar, divulga a proposta na escola e convida os alunos interessados e os representantes de classe (se houver) para formar a Comissão Pró-Grêmio. Este grupo elabora uma proposta de estatuto que será discutida e aprovada pela Assembleia Geral.
2º PASSO: A Comissão Pró-Grêmio convoca todos os alunos da escola para participar da Assembleia Geral. Nessa reunião, decidem-se o nome do grêmio, o período de campanhas das chapas, a data das eleições e aprova-se o Estatuto do Grêmio. Nesse momento também se definem os membros da Comissão Eleitoral.
Importante: a Assembleia Geral precisa ser registrada em ata.
3º PASSO: Os alunos se reúnem e formam as chapas que concorrerão na eleição. Eles devem apresentar suas ideias e propostas para o ano de gestão no grêmio estudantil. A Comissão Eleitoral promove debates entre as chapas, abertos a todos os alunos.
4º PASSO: A Comissão Eleitoral organiza a eleição (o voto é secreto). A contagem é feita pelos representantes de classe, acompanhados de dois representantes de cada chapa e, eventualmente, dos coordenadores pedagógicos da escola. No final da apuração, a Comissão Pró-Grêmio deve fazer uma Ata de Eleição para divulgar os resultados.
5º PASSO: A Comissão Pró-Grêmio envia uma cópia da Ata de Eleição e do Estatuto para a Direção Escolar e organiza a cerimônia de posse da diretoria do Grêmio (quem cuidará do que no Grêmio Estudantil). A cada ano, reinicia-se o processo eleitoral a partir do 3º passo.
As atas são os registros dos principais pontos decididos em reuniões, eleições e Assembleias Gerais. Elas devem ser registradas em um livro específico, com páginas numeradas.
Estatuto, como elaborar uma ata
As atas são os registros dos principais pontos decididos em reuniões, eleições e Assembleias Gerais. Elas devem ser registradas em um livro específico, com páginas numeradas.
Selecionamos aqui alguns modelos de atas mais utilizadas, como a Ata de Fundação do Grêmio, Ata de Eleição, Ata de Assembleia Geral e Ata de Reunião da Diretoria.
Modelo de Ata de Fundação do Grêmio Estudantil
Ao dia______ do mês de______ do ano de______ às______ horas, os estudantes da Escola____________________________ , reunidos em Assembleia Geral, sob a coordenação de__________________________ (nome do estudante escolhido para coordenar a Assembleia), dão por abertos os trabalhos da Assembleia Geral dos alunos e colocam em discussão a pauta única da Assembleia: a fundação da entidade representativa dos estudantes, o Grêmio Estudantil.
Aprovou-se o nome do Grêmio____________________________ e ficou decidido que, todo ano, as próximas Diretorias do Grêmio comemorarão este dia como data de fundação.
Aprovadas as questões mencionadas acima, passou-se à aprovação do Estatuto do Grêmio Estudantil que rege a entidade.
A seguir, iniciou-se a discussão para a eleição da primeira Diretoria do Grêmio Estudantil, que será eleita na disputa de chapa(s) em urna.
Por fim, declarou-se fundado o Grêmio Estudantil__________________ , órgão representativo dos estudantes da Escola.
Nada mais havendo para tratar no momento, encerrou-se a Assembleia Geral e a presente Ata. Para fins de direito, segue a presente Ata devidamente assinada.
_________________________________________
Representante da Comissão
Pró-Grêmio que coordenou a Assembleia Geral.
Representante da Comissão
Pró-Grêmio que coordenou a Assembleia Geral.
Modelo de Ata de Eleição
No dia_____ do mês de_____ do ano de_____ ocorreram as eleições do Grêmio Estudantil na Escola_______________________________________.
Concorreram nesta eleição as chapas________________________ (nomes das chapas concorrentes).
Votaram nesta eleição__________________ (número de estudantes que votaram) alunos regularmente matriculados nesta instituição. Houve_____ votos brancos e _____ votos nulos.
A chapa__________________ recebeu_______________ (número de votos), a chapa__________________ recebeu__________________ (número de votos ).
Foi eleita a chapa__________________ para a gestão_______________ (ano), cujos membros são:______________________ (colocar o nome de todos os membros da chapa eleita e os cargos que ocuparão).
____________________________________
Representante da Comissão Eleitoral
Representante da Comissão Eleitoral
____________________________________
Representante da Chapa Eleita
Representante da Chapa Eleita
____________________________________
Representante da Comissão Pró-Grêmio
(ou da gestão anterior).
Representante da Comissão Pró-Grêmio
(ou da gestão anterior).
Modelo de Ata de Assembleia Geral
Ata nº________ da Assembleia Geral dos Estudantes do Grêmio Estudantil__________________, da Escola_________________________ aos__________________ dias______ do mês______ de do ano de______,
às______ horas, em primeira (ou segunda) convocação, reuniram-se, conforme o Edital nº________ , em Assembleia Geral, sob a coordenação de _____________ , o qual convocou para fazer parte da mesa coordenadora os seguintes membros: ________________________ (especificar os nomes e cargos).
às______ horas, em primeira (ou segunda) convocação, reuniram-se, conforme o Edital nº________ , em Assembleia Geral, sob a coordenação de _____________ , o qual convocou para fazer parte da mesa coordenadora os seguintes membros: ________________________ (especificar os nomes e cargos).
Composta a mesa, designou________________________ (nome) para secretariar a Assembleia.
Dando início, procedeu à seguinte leitura da ordem do dia ________________________________________________ (resumo do ocorrido):
Nada mais a tratar, o coordenador agradeceu a presença de todos e deu por encerrada a Assembléia à qual eu,_______________________, secretariei e registrei a presente Ata que, após lida e aprovada, segue assinada pelos presentes.
Nada mais a tratar, o coordenador agradeceu a presença de todos e deu por encerrada a Assembléia à qual eu,_______________________, secretariei e registrei a presente Ata que, após lida e aprovada, segue assinada pelos presentes.
________________________, de___________ de________ 20___ .
____________________________________
Assinatura do Coordenador de Comunicação
____________________________________
Assinatura do Coordenador Geral
Assinatura do Coordenador Geral
_______________________________________________________________
Seguem as assinaturas dos presentes.
Seguem as assinaturas dos presentes.
Modelo de Ata de Reunião da Diretoria
Registrar as reuniões da Diretoria do Grêmio é simples:
- Marcar a data da reunião
- Fazer uma lista de presença
- Resumo dos pontos discutidos
- Decisões tomadas
- Assinatura de todos os participantes.
- Fazer uma lista de presença
- Resumo dos pontos discutidos
- Decisões tomadas
- Assinatura de todos os participantes.
Espero que as informações acima tenham ajudado!!!!!
quarta-feira, 5 de março de 2014
Compreensão da música como produto cultural e histórico
Tema
|
Música:
Expressão e comunicação em música: improvisação, composição e interpretação
|
Música:
Compreensão da música como produto cultural e histórico
|
Música:
Apreciação significativa em música: escuta, envolvimento e compreensão da
linguagem musical
|
Música:
Compreensão da música como produto cultural e histórico
|
Música:
Expressão e comunicação em música: improvisação, composição e interpretação
|
Música:
Apreciação significativa em música: escuta, envolvimento e compreensão da
linguagem musical
|
Dados da Aula
O que o
aluno poderá aprender com esta aula
Ter contato com diversas manifestações de música
corporal, através da observação de vídeos.
Fazer um levantamento de sons possíveis de música
corporal.
Criar uma grafia para os sons corporais listados.
Vivenciar a pulsação e ostinatos rítmicos por meio
de exercícios de percepção rítmica.
Explorar possibilidades de timbres diversos de sons
corporais.
Duração
das atividades
Uma aula
de 50 minutos.
Conhecimentos
prévios trabalhados pelo professor com o aluno
Associação do estímulo sonoro ao movimento corporal
- livre ou não.
Estratégias
e recursos da aula
Ressaltar que a música corporal consiste em uma
ferramenta valiosa (porém não exclusiva) para o ensino-aprendizagem em música,
visto que dispensa recursos materiais (como a utilização de instrumentos
musicais) e é acessível a qualquer pessoa, em qualquer situação.
Esta aula é uma introdução às aulas posteriores, as
quais apresentarão jogos com música corporal, de forma mais sistemática.
Grupo Barbatuques
Slammin All-body Band
Observações:
1) "Ostinato" - motivo ou frase musical
que se repete insistentemente (veja mais em Recursos Complementares).
2) Usaremos os termos “música corporal” e
“percussão corporal” para nos referirmos à mesma prática musical que utiliza o
corpo como recurso sonoro. Keith Terry, músico corporal americano e grande
referência no meio, prefere usar o termo “música corporal” (body music), por considerá-lo mais
completo (podendo abarcar os sons produzidos pela voz, respiração, entre
outros).
Atividade
1 – Exibição de vídeos de percussão/música corporal
Coloque os vídeos abaixo para seus alunos, pedindo
que observem os sons produzidos em todas as práticas musicais. É desejável que
os alunos tenham em mãos um caderno para anotações que considerarem
interessantes. Durante as exibições, contextualize as práticas e faça
questionamentos que instiguem ainda mais a observação e análise crítica por
parte dos alunos, como:
1) Quais os sons corporais predominantes na música
“x”?
2) De que maneira os sons são produzidos?
3) Quantos timbres foram apresentados com a mesma
parte do corpo (por exemplo, mãos)?
4) As apresentações são compostas apenas de sons
(você deverá falar sobre outros aspectos importantes que compõem o espetáculo,
como iluminação, movimentação, cena, figurino etc.)?
É importante ressaltar que existem vários estilos
de música/percussão corporal em todo o mundo, que refletem aspectos culturais
dos locais onde são praticados. Como exemplo, cite o caso do grupo brasileiro Barbatuques,
que utilizam gêneros musicais brasileiros como o maracatu, o baião, o samba,
entre outros.
Sugerimos os seguintes vídeos, que apresentam
diferenças quanto à utilização do corpo:
Barbatuques –
“Barbapapa’s groove”
International Body Music
Festival (vários estilos)
Keith Terry and Evie Lamin - Body Percussion /
Clogging Trades
Body Tjak
Atividade
2 – Levantamento de sons corporais
Após a exibição dos vídeos, escreva no quadro os
sons corporais mais recorrentes nas anotações dos alunos, criando nomenclaturas
para os mesmos, junto à turma. Como exemplo para os diferentes tipos de palmas
que possam surgir, sugerimos as seguintes denominações:
1) "Palma
concha" –
as duas mãos batem uma na outra, em formato côncavo, semelhante a uma concha,
produzindo um som grave.
2) "Palma
estrela" – as duas
mãos batem uma na outra, esticadas e com os dedos separados uns do outros,
produzindo um som agudo.
3) "Palma
estalada" –
as duas mãos batem uma na outra, sendo que uma delas bate no centro da palma da
outra mão, com apenas três dedos, produzindo um som estalado e agudo.
Outras nomenclaturas para sons corporais: "estalo de língua"; "palma de boca" (mão
que percute na cavidade bucal aberta, produzindo sons graves e agudos, conforme
a abertura da boca); "mãos no
peito"; "mãos na
coxa", entre outros.
Atividade
3 – Criação de grafia para os sons
Como desdobramento da Atividade 2, crie, junto à
turma, símbolos que representem os sons corporais listados, incorporando-os à
lista escrita no quadro (ou lousa). Sugerimos alguns símbolos abaixo:
1) "Palma concha" – ( )
2) "Palma estrela" – desenho de uma
estrela
3) "Palma estalada" – X
Atividade
4 – Experimentação de sons, execução e grafia
Divida a turma em grupos, os quais deverão portar
suas anotações. Os grupos deverão experimentar todos os sons corporais
possíveis. Você deverá fazer o papel de mediador, ou seja, deixar que os alunos
descubram por si mesmos os sons, mas intervir para fazer alguma contribuição.
Ao final da experimentação, proponha o seguinte jogo:
cada grupo deverá apresentar uma sequência de cinco sons corporais ao restante
da turma, a qual deverá grafar a sequência de acordo com os símbolos
previamente estabelecidos (cada grupo apresentará sua sequência de símbolos). A
cada apresentação, você deverá conferir se os símbolos utilizados pela turma
correspondem às sequências sonoras executadas, e verificar, junto à turma, as
possíveis falhas na comunicação destes sons.
Recursos da aula
1) DVD player e aparelho de TV ou data show com
computador com acesso à internet, para exibição dos vídeos.
Em música, um ostinato é um motivo ou frase musical que é persistentemente repetido numa mesma altura. A ideia repetida pode ser um padrão rítmico, parte de uma melodia ou uma melodia completa.1
Basso ostinato (também chamado de baixo ostinato; em inglês "ground bass") é uma parte do baixo ou linha do baixo que se repete continuamente como um ostinato enquanto a melodia, e possivelmente a harmonia feita sobre ele, se altera. Foi desenvolvido já no Século XIII e usado com frequência da era barroca em diante.
Avaliação
O (a) professor (a) deverá avaliar se os alunos:
1) assistiram aos vídeos e responderam, de maneira
satisfatória, às questões levantadas durante a exibição, evidenciando
observação ativa e análise crítica, na Atividade 1;
2) participaram ativamente do levantamento de sons
corporais na Atividade 2, contribuindo de forma positiva para o andamento da atividade;
3) participaram ativamente da criação de grafia
para os sons listados, na Atividade 3;
4) participaram ativamente da experimentação de
sons, demonstrando interação com os demais integrantes do grupo e respeitando
as colocações alheias, na Atividade 4;
5) associaram os sons corporais produzidos às suas
representações gráficas, na Atividade 4.
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