quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
sexta-feira, 15 de janeiro de 2010
10 Exercícios de Ortografia e Pontuação
01. Marcar o item cuja frase se apresenta
redigida da forma mais adequada,
considerando-se clareza, elegância,
precisão e correção.
a) O propietário informou aos seus
subordinados das novas regras para a análise
do balanço.
b) O propietário informou aos seus
subordinados as novas regras para a análise
do balanço.
c) O proprietário informou os seus
subordinados das novas regras para a análize
do balanço.
d) O proprietário informou os seus
subordinados das novas regras para a análise
do balanço.
02. Assinale o único item correto em
relação à pontuação:
a) Não nego que, ao avistar, a cidade natal tive
uma boa sensação.
b) Não nego, que ao avistar a cidade natal tive,
uma boa sensação.
c) Não nego; que ao avistar a cidade natal, tive
uma boa sensação.
d) Todos estão incorretos.
03. Complete as lacunas:
1. Os convidados sentaram-se ___ mesa de
jantar.
2. Compareci ___ cerimônia de posse do
novo governador.
3. Não tendo podido ir ___ faculdade hoje,
prometo assistir ____ todas as aulas
amanhã.
a) à - a - a - à
b)na - na - à - a
c)à - à - à - a
d)há - na - à - à
04. Todos trabalhando: Ana _______ as
flores, Andrea _______ a sala e eu ______-
quem irá pagar as contas:
a) agua - mobilia - averiguo
b) água - mobila - averíguo
c) água - mobilia - averiguo
d) agua - mobília - averíguo
05. Apenas num dos seguintes casos a
divisão silábica não está feita de acordo
com as normas vigentes. Assinale-o:
a) tran-sa-tlân-ti-co
b) ab-di-ca-ção
c) subs-ta-be-le-cer
d) cis-an-di-no
06. Entre as opções abaixo, somente uma
completa corretamente as lacunas
apresentadas a seguir. Assinale-a: Na
cidade carente, os ______ resolveram
_______ seus direitos, fazendo um _______
assustador.
a) mendingos; reivindicar; rebuliço
b) mindigos; reinvidicar, rebuliço
c) mindigos; reivindicar, reboliço
d) mendigos; reivindicar, rebuliço
07. Assinale o segmento que apresenta
defeito de estruturação sintática:
a) Ligadas ou não ao mundo oficial, as
pessoas envolvidas com a cultura têm de
capacitar-se de que lhes cumpre atuar na
divulgação das produções literárias mais
expressivas.
b) Os escritores têm a consciência de um
compromisso com a palavra, com a língua e
também com o povo a que estão ligados, que
procuram entender e cujo destino preocupa a
todos.
c) Tem-se visto que os parlamentares mais
ativos, devido à própria evidência a que os
expõe a sua produção, atraem incumbências
paralelas, como presidências de comissões,
lideranças e outras.
d) A escolha da profissão, para os jovens, não
é um ato simples, o qual se possa chegar sem
hesitações e dúvidas.
"
"
"
08 .Uma coluna do jornal Lance dizia o
seguinte: "Isto só será possível se o clube
transformar-se em empresa, o presidente
do clube trabalhar por isso e o torcedor
reaver a confiança no time". O erro
gramatical presente nesse segmento de
texto é:
a) o emprego de "isso" por "isto
b) a não repetição da conjunção "se
c) o emprego de "reaver" por "reouver"
d) a má colocação do advérbio "só
09. A presença de núcleos habitacionais
próximos ___ regiões costeiras oferece
riscos ___ manutenção do ecossistema
marinho, com prejuízos incalculáveis ___
diversas espécies.
As lacunas da frase acima estarão
corretamente preenchidas,
respectivamente, por:
a) as - à - à
b) as - a - a
c) às - à - à
d) às - à - a
10. "A maioria opta por ficar horas diante
da TV, assistindo a 'reality shows', os quais,
por razões que me escapam, tornam
interessante para seu público a vida comum
de estranhos, ou seja, algo idêntico à
própria rotina considerada vazia,
claustrofóbica."
A redação que NÃO apresenta erro
gramatical é:
a) Algo idêntico a própria rotina considerada
vazia, claustrofóbica, ou seja, a vida comum de
estranhos, torna-se interessante para o público
da TV, cuja maioria opta por ficar horas diante
dela assistindo, por razões, que me escapam,
"reality shows".
b) A vida comum de estranhos, ou seja, algo
idêntico à própria rotina considerada vazia,
claustrofóbica, tornam-se, por razões que me
escapam, interessante para a maioria do
público o qual opta por ficar horas diante da TV
assistindo a "reality shows".
c) Escapa-me as razões pelas quais os "reality
shows", que a maioria assiste, optando por
ficar horas diante da TV, tornam interessante
para seu público a vida comum de estranhos,
ou seja, algo idêntico à própria rotina
considerada vazia, claustrofóbica.
d) Os "reality shows", aos quais a maioria,
ficando horas diante da TV, opta por assistir,
tornam, por razões que me escapam,
interessante para seu público a vida comum de
estranhos, ou seja, algo idêntico à própria
rotina considerada vazia, claustrofóbica.
redigida da forma mais adequada,
considerando-se clareza, elegância,
precisão e correção.
a) O propietário informou aos seus
subordinados das novas regras para a análise
do balanço.
b) O propietário informou aos seus
subordinados as novas regras para a análise
do balanço.
c) O proprietário informou os seus
subordinados das novas regras para a análize
do balanço.
d) O proprietário informou os seus
subordinados das novas regras para a análise
do balanço.
02. Assinale o único item correto em
relação à pontuação:
a) Não nego que, ao avistar, a cidade natal tive
uma boa sensação.
b) Não nego, que ao avistar a cidade natal tive,
uma boa sensação.
c) Não nego; que ao avistar a cidade natal, tive
uma boa sensação.
d) Todos estão incorretos.
03. Complete as lacunas:
1. Os convidados sentaram-se ___ mesa de
jantar.
2. Compareci ___ cerimônia de posse do
novo governador.
3. Não tendo podido ir ___ faculdade hoje,
prometo assistir ____ todas as aulas
amanhã.
a) à - a - a - à
b)na - na - à - a
c)à - à - à - a
d)há - na - à - à
04. Todos trabalhando: Ana _______ as
flores, Andrea _______ a sala e eu ______-
quem irá pagar as contas:
a) agua - mobilia - averiguo
b) água - mobila - averíguo
c) água - mobilia - averiguo
d) agua - mobília - averíguo
05. Apenas num dos seguintes casos a
divisão silábica não está feita de acordo
com as normas vigentes. Assinale-o:
a) tran-sa-tlân-ti-co
b) ab-di-ca-ção
c) subs-ta-be-le-cer
d) cis-an-di-no
06. Entre as opções abaixo, somente uma
completa corretamente as lacunas
apresentadas a seguir. Assinale-a: Na
cidade carente, os ______ resolveram
_______ seus direitos, fazendo um _______
assustador.
a) mendingos; reivindicar; rebuliço
b) mindigos; reinvidicar, rebuliço
c) mindigos; reivindicar, reboliço
d) mendigos; reivindicar, rebuliço
07. Assinale o segmento que apresenta
defeito de estruturação sintática:
a) Ligadas ou não ao mundo oficial, as
pessoas envolvidas com a cultura têm de
capacitar-se de que lhes cumpre atuar na
divulgação das produções literárias mais
expressivas.
b) Os escritores têm a consciência de um
compromisso com a palavra, com a língua e
também com o povo a que estão ligados, que
procuram entender e cujo destino preocupa a
todos.
c) Tem-se visto que os parlamentares mais
ativos, devido à própria evidência a que os
expõe a sua produção, atraem incumbências
paralelas, como presidências de comissões,
lideranças e outras.
d) A escolha da profissão, para os jovens, não
é um ato simples, o qual se possa chegar sem
hesitações e dúvidas.
"
"
"
08 .Uma coluna do jornal Lance dizia o
seguinte: "Isto só será possível se o clube
transformar-se em empresa, o presidente
do clube trabalhar por isso e o torcedor
reaver a confiança no time". O erro
gramatical presente nesse segmento de
texto é:
a) o emprego de "isso" por "isto
b) a não repetição da conjunção "se
c) o emprego de "reaver" por "reouver"
d) a má colocação do advérbio "só
09. A presença de núcleos habitacionais
próximos ___ regiões costeiras oferece
riscos ___ manutenção do ecossistema
marinho, com prejuízos incalculáveis ___
diversas espécies.
As lacunas da frase acima estarão
corretamente preenchidas,
respectivamente, por:
a) as - à - à
b) as - a - a
c) às - à - à
d) às - à - a
10. "A maioria opta por ficar horas diante
da TV, assistindo a 'reality shows', os quais,
por razões que me escapam, tornam
interessante para seu público a vida comum
de estranhos, ou seja, algo idêntico à
própria rotina considerada vazia,
claustrofóbica."
A redação que NÃO apresenta erro
gramatical é:
a) Algo idêntico a própria rotina considerada
vazia, claustrofóbica, ou seja, a vida comum de
estranhos, torna-se interessante para o público
da TV, cuja maioria opta por ficar horas diante
dela assistindo, por razões, que me escapam,
"reality shows".
b) A vida comum de estranhos, ou seja, algo
idêntico à própria rotina considerada vazia,
claustrofóbica, tornam-se, por razões que me
escapam, interessante para a maioria do
público o qual opta por ficar horas diante da TV
assistindo a "reality shows".
c) Escapa-me as razões pelas quais os "reality
shows", que a maioria assiste, optando por
ficar horas diante da TV, tornam interessante
para seu público a vida comum de estranhos,
ou seja, algo idêntico à própria rotina
considerada vazia, claustrofóbica.
d) Os "reality shows", aos quais a maioria,
ficando horas diante da TV, opta por assistir,
tornam, por razões que me escapam,
interessante para seu público a vida comum de
estranhos, ou seja, algo idêntico à própria
rotina considerada vazia, claustrofóbica.
quarta-feira, 13 de janeiro de 2010
Fernando Pessoa
A minha vida é um barco abandonado
A minha vida é um barco abandonado
Infiel, no ermo porto, ao seu destino.
Por que não ergue ferro e segue o atino
De navegar, casado com o seu fado ?
Ah! falta quem o lance ao mar, e alado
Torne seu vulto em velas; peregrino
Frescor de afastamento, no divino
Amplexo da manhã, puro e salgado.
Morto corpo da ação sem vontade
Que o viva, vulto estéril de viver,
Boiando à tona inútil da saudade.
Os limos esverdeiam tua quilha,
O vento embala-te sem te mover,
E é para além do mar a ansiada Ilha.
Fernando Pessoa
A minha vida é um barco abandonado
Infiel, no ermo porto, ao seu destino.
Por que não ergue ferro e segue o atino
De navegar, casado com o seu fado ?
Ah! falta quem o lance ao mar, e alado
Torne seu vulto em velas; peregrino
Frescor de afastamento, no divino
Amplexo da manhã, puro e salgado.
Morto corpo da ação sem vontade
Que o viva, vulto estéril de viver,
Boiando à tona inútil da saudade.
Os limos esverdeiam tua quilha,
O vento embala-te sem te mover,
E é para além do mar a ansiada Ilha.
Fernando Pessoa
terça-feira, 12 de janeiro de 2010
Castelos de Areia
Olhando a imensidão do mar,
Perco-me no extenso areal…
Fecho os olhos e começo a sonhar,
Afasto-me do mundo real.
Sozinha com meus pensamentos,
Entre as ruínas do meu coração…
Recordo mágicos momentos,
Em que construi castelos em vão.
Construi castelos de fantasia,
Onde eu fui feliz um dia,
Contigo ao meu lado… de passagem…
Construi castelos de areia dourada,
Que logo ruíram pela madrugada,
Com um simples sopro… uma aragem…
Perco-me no extenso areal…
Fecho os olhos e começo a sonhar,
Afasto-me do mundo real.
Sozinha com meus pensamentos,
Entre as ruínas do meu coração…
Recordo mágicos momentos,
Em que construi castelos em vão.
Construi castelos de fantasia,
Onde eu fui feliz um dia,
Contigo ao meu lado… de passagem…
Construi castelos de areia dourada,
Que logo ruíram pela madrugada,
Com um simples sopro… uma aragem…
sexta-feira, 8 de janeiro de 2010
Pobre de Espiríto
Publicado por amizadepoesia em Abril 19, 2008
Quem rouba uma arte doutrem, de antemão
se dá a esse exercício, que é senão um ladrão
sem vergonha ou bom senso ou credibilidade
e, em tudo que põe mão, seu nome falsidade
Pior quando diante das evidências julga razão
defendendo o iníquo nome com a indignação
dos falsos profetas, omitindo aí toda verdade
pois palavra rarefeita é, o que usa, iniquidade
Gentinha assim, não carece doutros o perdão
mas pena e indiferença, a quem co dignidade
leva adiante, sua vida régia, sem contestação
Então temos de lutar, contra a escamoteação
eis sujeitos estamos, a toda a podre realidade
e, que anda, de boca em boca, de todo o vilão
Jorge Humberto
Caros leitores, o motivo desta poesia tão arisca nos faz refletir sobre as características do ser humano, assim como há pessoas amáveis, há também as pessoas fracas de espírito, que só conseguem ser feliz importunando os outros, e não por si só. No fundo tenho PENA dessas pessoas pois precisam em demasia de atenção e não sabem obeter de maneira saudável.
Quem rouba uma arte doutrem, de antemão
se dá a esse exercício, que é senão um ladrão
sem vergonha ou bom senso ou credibilidade
e, em tudo que põe mão, seu nome falsidade
Pior quando diante das evidências julga razão
defendendo o iníquo nome com a indignação
dos falsos profetas, omitindo aí toda verdade
pois palavra rarefeita é, o que usa, iniquidade
Gentinha assim, não carece doutros o perdão
mas pena e indiferença, a quem co dignidade
leva adiante, sua vida régia, sem contestação
Então temos de lutar, contra a escamoteação
eis sujeitos estamos, a toda a podre realidade
e, que anda, de boca em boca, de todo o vilão
Jorge Humberto
Caros leitores, o motivo desta poesia tão arisca nos faz refletir sobre as características do ser humano, assim como há pessoas amáveis, há também as pessoas fracas de espírito, que só conseguem ser feliz importunando os outros, e não por si só. No fundo tenho PENA dessas pessoas pois precisam em demasia de atenção e não sabem obeter de maneira saudável.
terça-feira, 5 de janeiro de 2010
Banho de Poesia
METADE
E que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio,
Que a morte de tudo que acredito,
Não me tape os ouvidos e a boca,
Por que metade de mim é o que eu grito,
Mas a outra metade é silêncio.
Que a música que eu ouço ao longe,
Seja linda ainda que tristeza,
Que a mulher que eu amo,
Seja pra sempre amada, mesmo que distante
Porque metade de mim é partida,
E a outra metade é saudade.
Que as palavras que eu falo,
Não sejam ouvidas como prece,
Nem repetidas com fervor,
Apenas respeitadas como a única coisa que resta
A um homem inundado de sentimentos
Porque metade de mim é o que eu ouço,
Mas a outra metade é o que calo.
Que essa minha vontade de ir embora,
Se transforme na calma e na paz que eu mereço,
Que essa tensão que me corrói por dentro,
Seja um dia recompensada,
Porque metade de mim é o que eu penso
E a outra metade é um vulcão,
Que o medo da solidão se afaste,
Que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável
Que o espelho reflita em meu rosto um doce sorriso
Que me lembro ter dado na infância,
Porque metade de mim é a lembrança do que fui
E a outra metade eu não sei.
Nem que seja preciso mais de que uma simples alegria
Para me fazer aquietar o espírito
E que o teu silêncio me fale cada vez mais
Porque metade de mim é abrigo,
Mas a outra metade é cansaço
Que a arte nos aponte uma resposta, mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar,
Porque é preciso simplicidade para fazê-la florescer.
Porque metade de mim é a platéia e a outra metade é a canção.
E que a minha loucura seja perdoada, porque metade de mim é AMOR
E a outra metade TAMBÉM.
Oswaldo Montenegro
Enquanto estamos de férias um banho de poesia...mil beijos!
E que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio,
Que a morte de tudo que acredito,
Não me tape os ouvidos e a boca,
Por que metade de mim é o que eu grito,
Mas a outra metade é silêncio.
Que a música que eu ouço ao longe,
Seja linda ainda que tristeza,
Que a mulher que eu amo,
Seja pra sempre amada, mesmo que distante
Porque metade de mim é partida,
E a outra metade é saudade.
Que as palavras que eu falo,
Não sejam ouvidas como prece,
Nem repetidas com fervor,
Apenas respeitadas como a única coisa que resta
A um homem inundado de sentimentos
Porque metade de mim é o que eu ouço,
Mas a outra metade é o que calo.
Que essa minha vontade de ir embora,
Se transforme na calma e na paz que eu mereço,
Que essa tensão que me corrói por dentro,
Seja um dia recompensada,
Porque metade de mim é o que eu penso
E a outra metade é um vulcão,
Que o medo da solidão se afaste,
Que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável
Que o espelho reflita em meu rosto um doce sorriso
Que me lembro ter dado na infância,
Porque metade de mim é a lembrança do que fui
E a outra metade eu não sei.
Nem que seja preciso mais de que uma simples alegria
Para me fazer aquietar o espírito
E que o teu silêncio me fale cada vez mais
Porque metade de mim é abrigo,
Mas a outra metade é cansaço
Que a arte nos aponte uma resposta, mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar,
Porque é preciso simplicidade para fazê-la florescer.
Porque metade de mim é a platéia e a outra metade é a canção.
E que a minha loucura seja perdoada, porque metade de mim é AMOR
E a outra metade TAMBÉM.
Oswaldo Montenegro
Enquanto estamos de férias um banho de poesia...mil beijos!
sexta-feira, 1 de janeiro de 2010
Receita de Ano Novo
Feliz Ano Novo!!!!
Carlos Drummond de Andrade
--------------------------------------------------------------------------------
Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?)
Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumidas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.
Carlos Drummond de Andrade
--------------------------------------------------------------------------------
Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?)
Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumidas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.

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