quarta-feira, 5 de março de 2014

Compreensão da música como produto cultural e histórico


Tema
Música: Expressão e comunicação em música: improvisação, composição e interpretação
Música: Compreensão da música como produto cultural e histórico
Música: Apreciação significativa em música: escuta, envolvimento e compreensão da linguagem musical
Música: Compreensão da música como produto cultural e histórico
Música: Expressão e comunicação em música: improvisação, composição e interpretação
Música: Apreciação significativa em música: escuta, envolvimento e compreensão da linguagem musical

 

Dados da Aula

O que o aluno poderá aprender com esta aula

Ter contato com diversas manifestações de música corporal, através da observação de vídeos.   

Fazer um levantamento de sons possíveis de música corporal.   

Criar uma grafia para os sons corporais listados.   

Vivenciar a pulsação e ostinatos rítmicos por meio de exercícios de percepção rítmica.  

Explorar possibilidades de timbres diversos de sons corporais.  

Duração das atividades

Uma aula de 50 minutos.

Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

Associação do estímulo sonoro ao movimento corporal - livre ou não.

Estratégias e recursos da aula

Ressaltar que a música corporal consiste em uma ferramenta valiosa (porém não exclusiva) para o ensino-aprendizagem em música, visto que dispensa recursos materiais (como a utilização de instrumentos musicais) e é acessível a qualquer pessoa, em qualquer situação.   

Esta aula é uma introdução às aulas posteriores, as quais apresentarão jogos com música corporal, de forma mais sistemática.

Grupo Barbatuques



Slammin All-body Band

 


Observações:  

1) "Ostinato" - motivo ou frase musical que se repete insistentemente (veja mais em Recursos Complementares).

2) Usaremos os termos “música corporal” e “percussão corporal” para nos referirmos à mesma prática musical que utiliza o corpo como recurso sonoro. Keith Terry, músico corporal americano e grande referência no meio, prefere usar o termo “música corporal” (body music), por considerá-lo mais completo (podendo abarcar os sons produzidos pela voz, respiração, entre outros).

Atividade 1 – Exibição de vídeos de percussão/música corporal

Coloque os vídeos abaixo para seus alunos, pedindo que observem os sons produzidos em todas as práticas musicais. É desejável que os alunos tenham em mãos um caderno para anotações que considerarem interessantes. Durante as exibições, contextualize as práticas e faça questionamentos que instiguem ainda mais a observação e análise crítica por parte dos alunos, como:

1) Quais os sons corporais predominantes na música “x”?

2) De que maneira os sons são produzidos?

3) Quantos timbres foram apresentados com a mesma parte do corpo (por exemplo, mãos)?

4) As apresentações são compostas apenas de sons (você deverá falar sobre outros aspectos importantes que compõem o espetáculo, como iluminação, movimentação, cena, figurino etc.)?

É importante ressaltar que existem vários estilos de música/percussão corporal em todo o mundo, que refletem aspectos culturais dos locais onde são praticados. Como exemplo, cite o caso do grupo brasileiro Barbatuques, que utilizam gêneros musicais brasileiros como o maracatu, o baião, o samba, entre outros.

Sugerimos os seguintes vídeos, que apresentam diferenças quanto à utilização do corpo:

Barbatuques – “Barbapapa’s groove”


International Body Music Festival (vários estilos)


Keith Terry and Evie Lamin - Body Percussion / Clogging Trades


Body Tjak


Atividade 2 – Levantamento de sons corporais

Após a exibição dos vídeos, escreva no quadro os sons corporais mais recorrentes nas anotações dos alunos, criando nomenclaturas para os mesmos, junto à turma. Como exemplo para os diferentes tipos de palmas que possam surgir, sugerimos as seguintes denominações:

1) "Palma concha" – as duas mãos batem uma na outra, em formato côncavo, semelhante a uma concha, produzindo um som grave.

 


2) "Palma estrela" – as duas mãos batem uma na outra, esticadas e com os dedos separados uns do outros, produzindo um som agudo.

 


3) "Palma estalada" – as duas mãos batem uma na outra, sendo que uma delas bate no centro da palma da outra mão, com apenas três dedos, produzindo um som estalado e agudo.

 


Outras nomenclaturas para sons corporais: "estalo de língua"; "palma de boca" (mão que percute na cavidade bucal aberta, produzindo sons graves e agudos, conforme a abertura da boca); "mãos no peito"; "mãos na coxa", entre outros.

Atividade 3 – Criação de grafia para os sons

Como desdobramento da Atividade 2, crie, junto à turma, símbolos que representem os sons corporais listados, incorporando-os à lista escrita no quadro (ou lousa). Sugerimos alguns símbolos abaixo:

1) "Palma concha" – ( )

2) "Palma estrela" – desenho de uma estrela

3) "Palma estalada" – X

Atividade 4 – Experimentação de sons, execução e grafia

Divida a turma em grupos, os quais deverão portar suas anotações. Os grupos deverão experimentar todos os sons corporais possíveis. Você deverá fazer o papel de mediador, ou seja, deixar que os alunos descubram por si mesmos os sons, mas intervir para fazer alguma contribuição.

Ao final da experimentação, proponha o seguinte jogo: cada grupo deverá apresentar uma sequência de cinco sons corporais ao restante da turma, a qual deverá grafar a sequência de acordo com os símbolos previamente estabelecidos (cada grupo apresentará sua sequência de símbolos). A cada apresentação, você deverá conferir se os símbolos utilizados pela turma correspondem às sequências sonoras executadas, e verificar, junto à turma, as possíveis falhas na comunicação destes sons.  

Recursos da aula

1) DVD player e aparelho de TV ou data show com computador com acesso à internet, para exibição dos vídeos.

Em música, um ostinato é um motivo ou frase musical que é persistentemente repetido numa mesma altura. A ideia repetida pode ser um padrão rítmico, parte de uma melodia ou uma melodia completa.1

Basso ostinato (também chamado de baixo ostinato; em inglês "ground bass") é uma parte do baixo ou linha do baixo que se repete continuamente como um ostinato enquanto a melodia, e possivelmente a harmonia feita sobre ele, se altera. Foi desenvolvido já no Século XIII e usado com frequência da era barroca em diante.

Avaliação

O (a) professor (a) deverá avaliar se os alunos:   

1) assistiram aos vídeos e responderam, de maneira satisfatória, às questões levantadas durante a exibição, evidenciando observação ativa e análise crítica, na Atividade 1;  

2) participaram ativamente do levantamento de sons corporais na Atividade 2, contribuindo de forma positiva para o andamento da atividade;   

3) participaram ativamente da criação de grafia para os sons listados, na Atividade 3;   

4) participaram ativamente da experimentação de sons, demonstrando interação com os demais integrantes do grupo e respeitando as colocações alheias, na Atividade 4;   

5) associaram os sons corporais produzidos às suas representações gráficas, na Atividade 4.

Um comentário:

  1. Olá, Elis,

    Passando para deixar um abraço pós-carnaval.

    Araceli

    www.pedradosertao.blogspot.com.br

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